Foi em 1997 que a Quinta da Lagoalva lançou o seu primeiro Colheita Tardia, ou Late Harvest, na designação em língua inglesa. E, para assinalar esta data, acaba de lançar a edição de 2022 deste branco que se distingue pela doçura.
E doçura porquê? Porque uma colheita tardia é um vinho não fortificado em que as uvas são colhidas mais tarde, face ao tempo habitual da vindima. Daí o nome. Dado que já estão em processo de desidratação, obtém-se uma maior concentração de açúcar nos bagos, que depois se replica no mosto e, finalmente, no vinho.
No caso deste Lagoalva Late Harvest 2022, a colheita aconteceu a 11 de novembro e reúne uvas das castas Riesling, Sauvignon Blanc e Fernão Pires. Esta é uma novidade face às edições anteriores, em que as duas últimas castas não estavam presentes. Mas, o produtor considerou que o Sauvignon Blanc aportava o que se designa como “podridão nobre” e a Fernão Pires, típica do Tejo, incorporava mais fruta e contribuía para um maior volume de boca.
O resultado é, segundo a Quinta de Lagoalva, um Colheita Tardia de aroma intenso, com destaque para a fruta branca e um toque floral. Na boca, fruta branca e algum citrino e mel. A presença da botrytis confere complexidade, estrutura e persistência. A untuosidade é equilibrada com acidez bem presente.
Além das novas castas, esta edição tem a particularidade de ser apresentada em garrafas de 500ml (as anteriores eram de 375ml). São 1500.