O The Royal Cocktail Club, no Porto, colocou à prova a sua veia experimental e criou uma nova dinastia de mixologia. O destaque vai para as três “joias da coroa”.
O primeiro destes novos cocktails traz a realeza no nome: D. Pedro. É inspirado no coração de D. Pedro IV, guardado na Igreja da Lapa, pelo que é servido num copo que recria os contornos viscerais deste órgão. Os sabores são intensos, mais amargos e terrosos, fruto da conjugação de gin com beterraba, rinomato bitter, xarope de flores, entre outros.
Também o Diamond é servido num copo alusivo, que assume, pois, o formato desta pedra preciosa. Quanto aos sabores deste cocktail, apresenta notas mais frutadas, cítricas e minerais, que lhe advêm da combinação de ingredientes como Citadelle, Giffard Apricot Roussillon, Mancino Ambrato.
Nesta dinastia, não podia faltar um Dissident. Aromático, vegetal e salgado, mistura Cîroc redestilada com salicórnia, limão, kombucha e uma solução salina. O copo segue a linha das outras joias da cora e relembra animais marinhos, como os ouriços do mar.
No The Royal Cocktail Club, a restante carta é filha da experimentação que acontece no laboratório da casa. É o caso das propostas que integram a seção de Lordes, em que dominam os cocktails mais frescos, florais e frutados. Mas em que há exceções, como o Yucatan, o Oaxaca e o Neverland.