É em pleno Alentejo, entre a Vidigueira e Cuba, que fica a Herdade do Rocim, o terreno fértil para o enólogo Pedro Ribeiro produzir vinhos com sustentabilidade, ao mesmo tempo que aposta na recuperação de tradições. Não admira, pois, que os vinhos de talha sejam a sua imagem de marca. Portuense feito alentejano, troca dois dedos de conversa connosco à volta dos vinhos, claro.
O que o atrai no mundo dos vinhos?
É como um quebra-cabeças, com castas, vinhos e a interpretação do ser humano. O céu é o limite.
Um vinho perfeito tem de…
…sorrir para ti do copo, como um velho amigo a dizer “Estava à tua espera!”
Tinto, branco ou rosé?
Tinto para aquecer a alma, branco para refrescar os pensamentos, e rosé para aqueles dias em que não sabes o que te apetece.
O que é que a talha tem?
Personalidade! Cada uma é como uma personagem de um livro, contando histórias, sonhos e mágoas.

O prazer do vinho cultiva-se?
Cultiva-se, como uma jornada ao desconhecido onde cada prova é um capítulo dessa caminhada.
O vinho que gostaria de fazer
Seria uma mistura de gargalhadas e o lusco fusco, algo que faça as pessoas dançarem de felicidade. E que diria no contrarrótulo: beba com moderação … se conseguir….
Vinho: primeiro estranha-se, depois entranha-se?
É como uma música nova. Primeiro é só melodia, mas rapidamente se torna a banda sonora da tua vida.
O vinho que mais o entusiasmou recentemente?
Tenho regressado aos clássicos!
Viajar para conhecer vinhos?
É uma aventura. Da velha Europa à nova América e África do Sul até à Austrália. Penso que já pouco falta.
Quantos vinhos tenho na garrafeira?
O suficiente para fazer uma pequena festa todos os dias do ano! Durante os próximos 10 anos!
Abrir uma garrafa “milionária” ou antiga?
É um momento de celebração. Um brinde à história e um privilégio.