Criar joias que não gostam de dormir no toucador ou no cofre. É assim a Mauboussin, marca francesa de joias e acessórios que escolheu Aveiro para se estrear em Portugal, mas que vem com uma mão cheia de planos, para abrir novas lojas. Sempre com o intuito de gerar emoções, com peças versáteis e que promovem a espontaneidade do estilo. É o que conta, em entrevista ao Farniente, a general manager da Maison em Portugal, Marine Casteloa.
Se pudesse descrever a Mauboussin numa só palavra, qual seria e porquê?
“Emoção”. A nossa marca tem um grande orgulho em ser parceira das maiores emoções da vida. Seja para um presente, um aniversário, um pedido de casamento, as nossas joias simbolizam sempre alguma coisa. A nossa equipa adora acompanhar casais para a escolha de alianças, por exemplo. Sejam dois jovens com um orçamento mais reduzido ou um casal que queira celebrar 25 anos de casamento com uma joia com diamantes, é sempre a mesma emoção… também para nós!
A Mauboussin incentiva também as mulheres a darem mimos a si próprias. É com o maior dos gostos que atendemos clientes que se querem presentear, celebrar uma conquista pessoal ou profissional, ou assinalar uma data especial. São também momentos de emoção que adoramos.
Ser francesa torna-a uma marca especial? Porquê? Onde é que se evidencia a origem parisiense?
Nas revistas de moda internacionais, pode ler que a “Parisienne” é o símbolo do “effortless chic”, capaz de misturar calças de ganga com o colar de pérolas da avó e uma camisola do marido com um diamante de 2 carats para ir ao supermercado. A Mauboussin partilha este espírito! Criamos joias que não gostam de dormir no toucador ou no cofre. Promovemos a espontaneidade no estilo.
As joias foram o princípio. Como se distingue o traço da Mauboussin nas coleções de joalharia?
A Mauboussin tem 200 anos de savoir faire no mundo da joalharia. No início, a mais-valia do atelier foi a criatividade técnica para conseguir criar joias com pedras volumosas. Depois, seguiu a obsessão da audácia de estilo. No século XXI, a Mauboussin foi a primeira Maison a usar o seu savoir-faire na alta joalharia para democratizar as joias. Essas três característica fazem parte do ADN da marca até aos dias de hoje.
Como surgem os relógios, as malas, perfumes e acessórios? São uma extensão natural?
A Mauboussin iniciou a sua diversificação com os relógios nos anos 90, com o apoio do Richard Mille (que agora tem a sua marca própria). Com modelos para senhoras e homens, foi também uma maneira de entrar no mundo masculino.
Os perfumes surgiram rapidamente e foram desenvolvidos pelo CEO, Alain Nemarq, que gostou muito de criá-los com o apoio dos profissionais do setor. Como a maioria das grandes Maisons de joalharia, faz sentido complementar o universo da marca com outros produtos e propostas, igualmente luxuosas e premium.
Os relógios, malas e outros acessórios são também produtos que têm a mesma identidade que as coleções de joias, com um orçamento muito mais acessível. Fazem parte da nossa vontade de democratização da Maison.
Na Europa, além de França, está na Alemanha, no Luxemburgo e em Itália. Porquê Portugal?
A Mauboussin segue uma estratégia de expansão europeia. Já tem várias lojas na Ásia, África do Norte e países vizinhos de França. A Maison ainda está a crescer lá: por isso é normal Portugal fazer parte deste plano.
As mulheres europeias têm os mesmos gostos e cada vez mais querem joias para usar no dia a dia. Elas já não querem esperar por uma cerimónia ou um evento para disfrutar das suas peças preferidas.
E porquê Aveiro para uma primeira loja? O que tem a “Veneza portuguesa” de apelativo face a um grande centro, como Lisboa ou Porto?
A Mauboussin tem mais de 100 lojas em França – a maioria em cidades de média dimensão. Estar presente fora das metrópoles faz parte da identidade da marca. Relativamente a Aveiro, eu pessoalmente adorei esta zona. É uma cidade com muita personalidade e tem um dinamismo forte.
Há planos para abrir mais lojas?
Claro! Primeiro, vamos ter o nosso e-shop em breve. A próxima loja física será em Lisboa e, de acordo com a filosofia da marca, tanto vamos abrir lojas em cidades maiores como em cidades mais pequenas. É muito importante para nós que a Maison seja aberta a todos.
Há peças/coleções made in Portugal?
Sim, temos várias peças produzidas em Portugal, nomeadamente a gama “Star de la Côte d’Azur”: são anéis de prata com laca e uma estrela de ouro cravada com diamantes.
Há 10 anos que a Maison trabalha com ateliers nacionais, além da sua produção francesa e dos outros locais de fabricação espanhóis ou italianos.
Qual é a “joia da coroa” da Mauboussin?
Sem dúvida, o anel Chance of Love, criado há 25 anos. Este anel de ouro e diamantes foi o primeiro com um padrão de trevo, que se tornou emblemático para a Maison. Foi pensado primeiro como anel de noivado, mais foi uma grande satisfação ver as clientes comprá-lo por elas mesmas, para usar no dia a dia. Ao longo das várias versões, em ouro branco, amarelo ou rosa com diamante de 0,10 ou de mais de 1 carat, safira ou rubi, é o anel mais vendido da Mauboussin. Simboliza a versatilidade das nossas joias.
Fátima de Sousa