É da Ria de Alvor que chegam os vinhos UCA Violinista, uma marca inspirada no terroir algarvio que deu à costa três referências que privilegiam a frescura, a leveza e o baixo teor alcoólico.
Projeto da Sociedade Agrícola do Rio Arade, fundada por Pedro Garcia de Matos, a UCA vai buscar o nome a uma das espécies que habita no ecossistema da ria – o caranguejo-violinista ou Uca tangeri. De março a novembro, durante a maré baixa, é possível avistá-lo na base arenosa e lamacenta a abanar a enorme pinça, como se estivesse a tocar o virtuoso instrumento – é assim que tenta seduzir as fêmeas.
A sua escolha é, pois, simbólica, na medida em que estes vinhos se propõem expressar o território desta zona algarvia.
Nascem de vinhas localizadas em terreno argilo-calcário e que beneficiam da utilização e sondas de monitorização de rega, que medem o stress hídrico, permitindo que se regue apenas quando é necessário. Além disso, são ladeadas de roseiras para atrair insetos polinizadores e, nos períodos de dormência da videira, cabras pastam por entre elas, ajudando no controlo de infestantes e permitindo uma fertilização natural dos solos.
É deste cenário que se dão agora a provar três vinhos; um tinto, um branco e um rosé. O tinto, com as castas Touriga Nacional, Aragonês e Syrah, apresenta notas de frutos vermelhos maduros, chocolate preto e bergamota. Com um perfil ligeiramente salgado e aromático, denota a influência atlântica.
Já o branco apresenta inicialmente um perfil tropical e cítrico, seguindo-se notas de erva doce e mineralidade, próprias das castas Arinto e Boal. Também aqui há sinais de mineralidade e sal.
Quanto ao rosé, composto pelas mesmas castas do tinto, exibe um tom rosado ligeiro, notas de groselha fresca e goiaba com suave toque floral.