Foi da amizade entre duas empreendedoras que nasceu a mais recente marca de joalharia portuguesa: Sharma. “Pétala” é a coleção-semente, mas outras estão a germinar e a primeira terá o cunho do arquiteto Álvaro Siza Vieira.
Chama-se Sharma e há uma história por trás do nome. Num encontro em Lisboa, Bruna Cabral, uma das fundadoras, conta como o livro “O clube das 5 da manhã”, do escritor canadiano, tem sido importante na sua vida e como o ofereceu a Brigitte Costa, a outra cofundadora, no momento em que enfrentava uma fase menos positiva.
Tamanho simbolismo haveria, assim, de ser transposto para a marca. E para logótipo, sob a forma de um laço que se cruza com as letras S e M e que representa a amizade que as une e às respetivas famílias.

O que pretendem com a marca é tornar o requinte mais acessível, com joias que descrevem como intemporais, para pessoas modernas, cosmopolitas e ativas. Com a mestria do saber-fazer artesanal a trabalhar os materiais, em que se destaca a prata, a solo ou com banho de ouro.
Este propósito vai-se materializar em linhas de edição limitada, que serão renovadas a cada dois meses e que terão, periodicamente, a companhia de coleções-cápsula exclusivas.
É aqui que entra Siza Vieira. Bruna e Brigitte sempre quiseram abrir a sua marca a outros criadores, de várias áreas artísticas – do design de interiores ao design de moda, passando pela arquitetura e pela representação. Mas também a criadores anónimos, digamos assim – daí terem desafiado duas amigas. É o convidado que escolhe o tema, desenhando as peças e acompanhando todo o processo.
A primeira colaboração está prestes a ver a luz do dia. “Parecíamos duas crianças numa loja de brinquedos”, partilham, quando recordam o momento em que o premiado arquiteto lhes disse que sim.

Para já, aí estão as sementes da marca sob a forma de uma coleção assinada pelas duas empresárias e que ficará permanente. Aí estão, igualmente, os primeiros modelos da coleção Sharma, que incluirá ciclicamente sete brincos, sete anéis, sete pulseiras e sete colares. Estes conjuntos que conhecerão novos contornos a cada 60 dias, sempre com peças produzidas em prata 925, ou prata 925 com banho de ouro de 18 quilates, e pedrarias.
É num site em nome próprio que a Sharma se dá a conhecer, mas estão a ser desenhadas parcerias com alguns museus e com hotéis de cinco estrelas e de charme.