Entre vinhos tranquilos e fortificados, há novidades a chegar ao mercado, para satisfação dos enófilos.
Frescos do Tejo
A Quinta da Lagoalva, localizada em Alpiarca, lança três vinhos resultantes da última colheita: são eles o Lagoalva branco, o Lagoalva Sauvignon Blanc e o Lagoalva rosé, com assinatura dos enólogos Pedro Pinhão e Luís Paulino. São descritos como descomplicados e honestos, por não terem envolvido fermentação ou estágio em barrica.
O branco é um blend, em que domina a casta Fernão Pires, na companhia de Arinto e Sauvignon Blanc. Destacam-se as notas de fruta citrina e pera, no nariz, apresentando boa acidez e equilíbrio na boca.
Já o Lagoalva Sauvignon Blanc exibe notas vegetais, a lembrar espargos, conjugadas com fruta tropical, do nariz à boca. E o rosé combina Touriga Nacional e Syrah, mostrando-se de cor rosa pálido, com aromas a morango e framboesa.

Novo branco de tintas
A Ravasqueira deu a conhecer a colheita de 2024 do seu Vinha das Romãs Blanc de Noirs, um banco produzido a partir de castas de uvas tintas, concretamente Touriga Nacional e Syrah de uma parcela da propriedade de Arraiolos onde outrora se localizou um pomar de romãs – daí o nome deste vinho.
Para este vinho, as uvas são colocadas manualmente na prensa e a prensagem é de cacho inteiro. É fermentado, até um terço do tempo, em cubas de inox, passando depois para barricas novas de carvalho francês, por seis meses.
É descrito como um vinho mineral, como notas de fruto como o pêssego e o damasco.

Branco do Douro
A Wine & Soul apresenta a nova colheita do Manoella Douro Branco, resultando, como o nome sugere, da Quinta da Manoella, localizada no vale do Pinhão. É produzido numa parcela com 58 anos, a 600 metros de altitude.
Consiste num blend de Gouveio, Viosinho, Rabigato e Códega do Larinho, cujas uvas foram vindimadas no final de agosto. A fermentação aconteceu em cubas de inox e ovo de cimento, a temperaturas baixas, ao longo de oito semanas, seguida de um estágio de sete meses sobre borras finas.
É descrito como detendo uma cor intensa e brilhante, com aromas de flores primaveris e lima fresca. Textura redonda e bom perfil de boca, além de frescura fina e equilíbrio são outras das suas características.

Um Porto Vintage
A Dow’s, produtor de vinho do Porto, acaba de lançar o Late Bottled Vintage 2020, elaborado com uvas provenientes da Quinta do Bomfim e da Quinta da Senhora da Ribeira.
É descrito como tendo aromas de groselha preta e amora, com subtis notas de chocolate preto, seguidos de apontamentos de esteva e elementos da floresta que evocam pinheiro, resina e um leve toque de eucalipto. Os “típicos taninos” da Dow’s surgem no paladar em harmonia com um carácter terroso de xisto.
Tanto pode ser apreciado por si só ou a acompanhar sobremesas de chocolate, queijos curados ou semicurados como cheddar ou manchego.

Autenticidade de Óbidos
A Ginja Oppidum acaba de se juntar ao portefólio da Vinalda. Fundada há quase 40 anos por Dário Pimpão, é atualmente liderada pela sua filha, Marta.
Produzida em Sobral da Lagoa, no concelho de Óbidos, resulta de um processo de maceração natural e prolongado com fruta selecionada exclusivamente da região.
A apanha é manual, a escolha criteriosa dos frutos, o conhecimento dos produtores que os fornecem são os ingredientes que contribuem para a qualidade deste licor. Na licoaria, os pedúnculos são retirados um a um, com a maceração a durar, em média, seis anos.

Nova tequila no mercado
A marca de tequila Espolòn acaba de chegar a Portugal pelas mãos da Empor Spirits e da Campari.
Trata-se de uma bebida destilada a partir de 100% de agave azul Weber colhido à mão em Los Altos, na região das Terras Altas de Jalisco, México.
Está disponível em duas versões: Banco, uma tequila cristalina versátil, e Reposado, envelhecida dez anos em barricas de carvalho ex-bourbon, o que lhe confere um sabor mais apurado.


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