São apenas três letras, a formar uma palavra pequena, mas com um propósito maior: spa significa salus per aquam, o mesmo é dizer “saúde pela água”. E foi essa a experiência vivida, por estes dias, no Mandalay Spa Liberdade, no PortoBay Liberdade, em Lisboa.
Quem entra neste hotel boutique de cinco estrelas e desce ao spa encontra um ambiente sofisticado e acolhedor que faz esquecer que se está a poucos metros de uma avenida central da cidade. Ali reina a serenidade. E reina o bem-estar em mais de 700 metros quadrados que incluem quatro salas de tratamento, uma de relaxamento, piscina de vitalidade, sala de vapor ametista, sauna e sala de relaxamento com vista para o jardim interior.
O convite é para uma experiência de bem-estar holístico, a cuidar do corpo, mas também da mente. Sempre com a água como fio condutor. E com uma imersão em práticas asiáticas ancestrais.
Foi essa a experiência proporcionada pela Siam Healing Back Massage, assente na técnica de “tok sen”, que distribui vibrações profundas a nível muscular. Combinada com movimentos de massagem ocidental, nas costas, ombros, pescoço e colo, conduz ao alívio das tensões e dores musculares. São 40 minutos de renovação.
Este é um dos espaços com o selo Autêntico Spa, da Associação Portuguesa de Spas, um selo que, como o nome sugere, se propõe certificar a qualidade do spa, no que toca aos requisitos que deve cumprir para assim ser considerado.

Em nome da associação, Paula Guedes partilha que este passo era necessário em defesa do consumidor: “O que sentimos foi que muitas pessoas têm dificuldade em perceber quando estão perante um verdadeiro spa”, afirma, dando conta do que presidiu à constituição desta entidade.
E, para se ser um autêntico spa, há três vertentes incontornáveis. Por um lado, a qualidade das instalações, desde logo a exigência de possuírem elementos com água – quer seja do ponto de vista ativo, de tratamento, quer seja passivo, de soluções que se podem usufruir livremente, como a piscina ou a sauna, beneficiando da termodinâmica ou da temperatura. Afinal, um spa é isso mesmo – saúde pela água.
A exigência estende-se aos serviços: não basta uma mera massagem de relaxamento, há, nomeadamente, que oferecer tratamentos – faciais ou de corpo, a que podem acrescer valências como ioga. Importa que o conceito seja completo.
Finalmente, a certificação dos profissionais. Devem ser terapeutas, com os requisitos essenciais para tratar da saúde e do bem-estar dos clientes. E aqui Paula Guedes comenta: “O mercado teve muita procura após a pandemia e houve muitas unidades a abrir como spa, mas não temos mão de obra qualificada para este mercado.”
Foi para validar esta tripla qualidade que a associação criou o selo, ao mesmo tempo que desenvolve um trabalho junto dos consumidores para explicar o conceito. “Muitas vezes, as pessoas não têm noção de que estamos a praticar atos do ponto de vista da saúde, física e mental”, reforça a porta-voz, convicta de que “um consumidor que vá a um authentic spa e depois entre noutra unidade percebe a diferença”.
Há, pois, uma outra missão inerente: a de elevar o posicionamento da indústria, defendendo o conceito de spa, como uma experiência holística. Foi com esta missão que um grupo de players do mercado nacional fundou a associação: entre eles, está a Top Spa, consultora de que Paula Guedes é fundadora e partner; os grupos hoteleiros Vila Galé e Pestana; o Royal Spa, de Vale de Lobo; os hotéis Savoy, na Madeira; e o grupo Real, com a valência de talassoterapia.