Petiscos à beira do lago. É este o grande atrativo do Lago Lisboa, o restaurante bar lounge que se abre sobre o lago do Jardim do Campo Grande. A palavra de ordem é partilhar, com o bónus de uma vista “refrescante” sobre as pacíficas águas que rodeiam a pequena ilha em que se ergue,
Gastronomia e natureza combinam-se aqui, num encontro agradável, que tanto pode ser um fim de tarde, para uma bebida e dois dedos de conversa, ou nos momentos mais convencionais das refeições – o almoço ou o jantar.
E o lago é, efetivamente, o cenário perfeito para fugir do dia a dia. Porque ali, mesmo ladeado de avenidas, o bulício fica de fora. Não se ouve o trânsito, o que proporciona uma sensação única de se estar longe da cidade.
De dia, o ambiente não precisa de embelezamento: basta a natureza. À noite, a esplanada ilumina-se e ganha nova vida. No interior, a decoração é simples, com as vidraças a deixarem entrar o verde do jardim.
E o que se serve neste Lago? Comida portuguesa, sem dúvida. Para partilhar e para quem não quer partilhar. Por nós, partilhámos!
Começámos pelos croquetes. De camarão e de carne, com estes a saírem claramente vencedores – o ligeiro toque a chouriço, como se fosse cozido à portuguesa, convenceu.
Seguiu-se o tataki de atum. Não foi dos favoritos, há que admitir. Já o pica-pau portou-se bem: chegou em boa dose, com a carne suculenta e macia, no ponto, com o molho guloso a pedir o pecado do pão.
E, por falar em pão, estava estaladiço o (bolo) do caco que recebeu o tradicional prego. Também aqui, a carne suculenta, no ponto, no final feliz para o qual também contribuiram as batatas fritas estaladiças.
O final feliz, na verdade, ainda estava para chegar, com um mix de sobremesas, o famoso “pijaminha”, neste caso, composto por cheesecake, mousse de chocolate e leite creme à Lago. Foram todas aprovadas, mas há que atribuir cinco estrelas ao leite creme – enrolado num fino e estaladiço de massa filo, foi, de facto, de comer e chorar por mais. Sem lágrimas, mas com água na boca…
A acompanhar toda a refeição, uma sangria de frutos vermelhos com espumante, porque a noite quente pedia algo fresco e, ao mesmo tempo, leve. A carta de cocktails é apelativa, mas terá de ficar para a próxima.
Neste novo restaurante de Lisboa, quem não quer partilhar tem a possibilidade de escolher entre saladas – de frango, de salmão e à Lago, o mesmo é dizer com burrata, camarão e azeite de trufa. O bitoque e o risotto de cogumelos e aipo têm igualmente lugar na carta. E não se pode esquecer as ribs, aqui numa dose para dois.
Para partilhar é a vista panorâmica sobre o lago, com os tradicionais barquinhos coloridos a trazer à memória os tempos em que o jardim era passeio (mais) público.
Fátima de Sousa