Quarenta meses de cura. É assim a nova edição especial do queijo São Jorge DOP que a LactAçores acaba de lançar. “Estrondoso”, nas palavras do chef Alexandre Silva, autor dos snacks que acompanharam o evento de apresentação, em Lisboa.
Coube ao diretor comercial e de marketing da empresa, Nuno Ferreira, introduzir esta novidade, o que fez recordando que o queijo São Jorge tem uma história com mais de 500 anos, tendo sido levado para a ilha pela comunidade flamenga. Mas, seria apenas em 1986 que se daria início ao processo de certificação com a denominação de origem protegida.
Sobre as particularidades do queijo desta ilha açoriana, especificou que é feito com leite cru, a que acresce coalho e fermento natural, devendo as suas propriedades às características do clima e do solo e, em particular, ao facto de as pastagens se situarem a 600 metros de altitude. É este elemento que lhe confere o sabor mais forte e mais picante.
Esta é a cura mais prolongada até agora conseguida, estando disponíveis atualmente curas dos três aos 24 meses. A anterior edição especial era de 30 meses.
São dez as toneladas deste São Jorge 40 meses produzido na fábrica da Uniqueijo – União de Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de S. Jorge, quantidade esta que se destina a consumo interno, mas também a exportação, em concreto para os Estados Unidos, Canadá e Espanha.
Por sua vez, o chef Alexandre Silva deu conta de que, nas suas muitas viagens, o queijo São Jorge é dos poucos queijos portugueses que encontra nas lojas que visita, o que, na sua opinião, “diz muito do que é o queijo e do que o mundo procura num queijo”.
O de 40 meses, em particular, é um queijo com uma grande complexidade, com um nível de picante intenso, mas constante. Com grande potencial para cozinhar: afinal, em seu entender, as curas prolongadas são mais interessantes para cozinhar do que os queijos mais jovens”.