Chama-se Homey Brunch e não é por acaso. É porque no Sana Metropolitan, em Lisboa, o brunch de domingo foi pensado para ser disfrutado em família, como em casa. E as vozes infantis que se ouvem à volta da fonte de chocolate ou das mini pizzas são a prova disso. Sem perturbar a tranquilidade de uma refeição que se pode prolongar até às 16.
A sala é ampla, mas acolhedora. Como acolhedoras são as boas vindas que nos esperam logo à entrada. Ao centro, um buffet que se antevê desde logo generoso. Mais ao fundo, a estação das sobremesas, a apelar a toda a contenção para não se começar de imediato por lá. Afinal, “algo doce” apetece sempre.
Mas, há tempo. Se esta refeição que os portugueses importaram e adotaram é uma combinação entre pequeno-almoço e almoço, então sigamos os ponteiros do relógio. O mesmo é dizer, comecemos pelo pão e pelo croissant, prossigamos pelos ovos mexidos com ervas frescas. Também há bacon e salsichas, mas fazemos de contas que não os vemos.
Afinal, na estação seguinte piscam-nos o olho propostas como as tábuas de queijos e fumeiro, os salgadinhos – croquetes, chamuças, bolinhos de bacalhau e rissóis de camarão em dose de aperitivo, as quiches e as saladas – em que pontuam as clássicas de feijão frade e atum ou de bacalhau à Gomes de Sá. Há shots frios – o de beterraba é um convite visual, mas ganhou o de melão, pela promessa de frescura.
Estava feita a ponte para o almoço, uma ponte transposta em nome da experiência gastronómica, porque, a bem da verdade, o apetite já estava saciado (e ainda havia as sobremesas): com muito por escolher – entre a salada de bacalhau assado, os chocos grelhados, os bifinhos de frango com limão e tomilho, e esparguete com legumes e molho teriyaki, a escolha recaiu sobre bife da vazia assado, legumes salteados.
E eis que chegava o momento de ir onde os olhos tinham pedido logo à entrada – à estação dos doces, com a sua chamativa fonte de chocolate. Os pasteis de nata da casa têm fama, pelo que ganharam lugar no prato, acompanhados de farófias e de fruta laminada (esta, para apaziguar a consciência).
Tudo acompanhado por uma sangria fresca, doce quanto baste. E acompanhado pela simpatia da equipa, sempre presente e atenta, mas discreta. Na sala, famílias várias, dos avós aos netos, a mostrar que o Homey Brunch tem razão para se chamar assim.
